sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Espetáculo com calças de helanca e botas prateadas

Ontem, dia 11, estreou mais um musical na cidade de São Paulo e, talvez, um dos mais esperados, o Mamma Mia!.
No último dia 7, aconteceu a avant primière, no Teatro Abril. Tudo parecia estar fadado a se transformar em um decepcionante domingo, com a interrupção de uma hora por problemas técnicos. Mas esse pequenos imprevistos, que sempre correm o risco de acontecerem, não foram capazes de estragar toda a energia e alegria que o espetáculo emana.
Logo antes de começar, uma voz surgia, em algum lugar, advertindo às pessoas com nervos abalados, que fazia parte do figurino as calças de helanca e botas prateadas, o que poderia ser um indício do quão se divertiriam com o que viria a seguir.
O elenco é de fazer o cenário dos musicais brasileiros se sentir com muito orgulho, com a presença de Kiara Sasso (Bela e a Fera, Miss Saigon, O Fantasma da Ópera, A Noviça Rebelde), Saulo Vasconcelos (O Fantasma da Ópera, Bela e a Fera, Aida, Les Misérables), Cleto Baccic (marcado pela representação de Rum Tum Tugger, em Cats) e Rachel Ripani.
O cenário do espetáculo é simples, prático, original,com muitas cores e efeitos luminosos, bastando msomente aquilo para passar o espírito grego que a história merece.
O musical que é o número 1 do mundo, como diz o banner e os críticos, é baseado nas músicas do Abba. Original de Londres, é apresentado também na Broadway, onde faz o seu maior sucesso, além de Japão, Austrália, Coreana e a internacional, esta que iniciou ontem no Brasil.
Tanto no espetáculo quanto no filme, estrelado por Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Colin Firth, entre outros, as músicas do grupo sueco se encaixam no enredo da história. E quando Pati Amoroso, que faz muito bem o papel de Sophie Sheridan, começou a cantar “I Have a Dream” traduzido para o português, pode ter causado para muitos, como causou a mim, o receio de que a tradução das músicas poderia ter apagado o encanto que estas têm, mas ledo engano, já que as letras foram perfeitamente traduzidas, de forma que mantiveram o mesmo significado das originais e conseguiram manter a mesma sincronia.
A história é de uma jovem prestes a se casar, que tem o dilema de descobrir, entre três homens, quem é o seu pai. De tão trágico é cômico. E humor é o que não falta na peça, fazendo com que todos riam, cantarolem e dancem em seus lugares.
Ao final, a vontade de que o show não acabe é latente. E para isso há a despedida mais alegre dos musicais, os atores fazem um pout pourri do Abba, no qual toda a plateia levantou, dançou e cantou.
O espetáculo é mais divertido que o filme, mas para quem ainda não viu este e queira assistir antes de ver o musical, vale a pena, já que ambos são muito fieis ao enredo original.

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