sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Ficção Científica com reflexão de realidade

Que Avatar conquistou o mundo com a sua inovação de filmagem, isso já está óbvio. Alguns bons entendedores já apostam dizendo que o diretor James Cameron ditou uma forma totalmente inovadora já feita até então para filmes de ficção científica, ou melhor, para toda a história do cinema com sua revolução em 3D.
Como resultado o filme conseguiu bater o recorde de bilheteria do Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, ficando com a segunda posição e mais de US$1,19 bilhão de faturamento, perdendo apenas para Titanic e que tem como diretor nada mais nada menos que quem? Sim queridos, James Cameron, o que o faz perder apenas para ele mesmo, algo quase impossível no mundo cinematográfico. Sem falar que o filme teve sua estreia dia 18 de dezembro, um pouco mais de um mês e já tem essa marca atingida.
Além do grande sucesso de público e da bilheteria, Cameron faturou grandes prêmios, entre eles, os merecidos, de melhor diretor e melhor filme de drama no Globo de Ouro, também já está cotado como um dos grandes campeões do Oscar (que tem data prevista para o dia 7 de março). Com isso, elogios não faltaram para o diretor e todo o seu elenco, principalmente vinda da imprensa e de críticos renomados.
Mas o que chama mais atenção, além de toda a sua estrutura tecnológica tanto na produção do filme quanto a que aparece nele, é também a história. Não uma qualquer, com começo, meio e fim sobre um planeta Pandora totalmente diferente do nosso, com uma população de aborígenes azuis e coisas mais. E sim um história que traz reflexões sobre como é o nosso comportamento aqui, no planeta Terra.
O longa mostra o lado desumano quando se trata da ganância do homem, em que não leva em consideração o que estão explorando, mas como estão explorando. Mostra também de que forma o homem acabou com o seu planeta com a dominância e com o poder e iriam fazer o mesmo com Pandora. Além disso, a presença da conexão dos nativos desse planeta com ele e com a natureza é muito forte, talvez um indício de apresentar o que mais faz falta aqui.
Pode-se perceber também que fizeram de Pandora uma nova forma de colonização, em que a única diferença são as tecnologias usadas, já que de resto fora da mesma forma que fizeram aqui, com o conhecimento do local, exploração e por fim a dizimação que arranca à força o que se procura. Assim, mostra como o ser humano é facilmente induzido por um líder, como nos submetemos em situações que não percebemos o seu grau e quando um sai desse parâmetro "normal", logo é excluído, banido, não importando se ele estiver mesmo certo.
Se James Cameron teve mesmo a intenção de fazer com que abríssemos nossos olhos para o que acontece e o que pode acontecer se um dia descobrirem de verdade vida em outro planeta, seu objetivo foi alcançado, pois quando se assiste ao filme é fácil visualizar a problemática da interferência humana. Talvez por isso tenha merecido tanta atenção da mídia e das Academias de cinema.

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